domingo, 17 de maio de 2009

A VIDA E SUAS FASES

Chega a ser até engraçado, mas nós realmente somos uma metamorfose ambulante, como dizia Raul.

Você já parou para pensar o quanto você mudou ao longo de sua vida? Falo de mudança de pensamento, de metas, objetivos de vida...
Bom, eu mudei bastante, pois ao 15 anos, evangélico fervoroso que eu era, sonhava com grandes aventuras como missionário na África ou alguma outra terra distante. 



Aos 23, ao entrar para a faculdade, me imaginava realizando grandes pesquisas no campo da saúde, viajando Brasil e mundo afora como um famoso conferencista. Aos 28, ao tentar mais uma vez terminar um curso superior, dessa vez na área de humanas, tinha pretensões um pouco mais modestas: ser um bom professor universitário satisfaria meus egos(?), mas é claro, um que se destacasse, fosse admirado pelos alunos e colegas de trabalho.

Caramba! Cheguei aos 33 e não sou nada disso. Descobri que cuidar de doentes não é comigo, de alunos, muito menos e de quebra me converti num excelente ateu! Dá pra entender?

É claro que, no meio de tudo isso, existe um enorme recheio de idas e vindas e, principalmente, uma boa dose de doidura (alguns chamam de coragem) para dizer: "chega, não é isso que eu quero para minha vida", "vou jogar tudo pro alto e começar tudo de novo" ou ainda: "eu quero mais é viver a minha vida e não estou nem ai para o que vão pensar" e ai você larga uma faculdade de Medicina, Direito, Engenharia Geografia, Enfermagem, no último ano, ou no penúltimo, sei lá. chuta o balde. É doido quem faz isso.

Mas o importante é ser um doido feliz :)

domingo, 3 de maio de 2009

O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA

A briga está esquentando. Muita gente não está contente com as novas políticas de cotas, quer sejam para pessoas carentes e negros, quer sejam para portadores de necessidades especiais, como foi anunciado essa semana.

Muitos dos que são contra defendem, valentemente, que essa política irá apenas aprofundar mais a separação existente em nossa sociedade. Será? Não leitor, o "será" não é para questionar se a política de cotas raciais será eficaz ou não, apesar de essa, ser uma boa discussão. 


Esse "será" se refere a outra coisa. Será que é o fato de não acreditar na eficácia do projeto que está motivando mesmo a tal pessoa que é contra, ser contra? Será que não tem outro motivo, digamos, oculto? Será que, no fundo, não estamos nos sentindo ameaçados com essa política de cotas? E, como fica feio e contra os padrões adultos da civilidade dizermos que somos contra porque temos medo que irão tirar algo de nós e dá-los a outros, usamos um outro motivo para expressar nossa posição contrária?

Peraí: isso não se chama hipocrisia? Se você analisar lá no fundo, quase tudo que cremos ou defendemos tem um segundo motivo, oculto, velado sob o motivo que sai de nossas bocas. Mas aquele segundo motivo, o oculto, é o motivo verdadeiro, o que impulsiona, o que motiva, sendo o outro, o que aparece, apenas um motivo para não tornar público o quão vil somos. Eu sou assim e você é assim...em maior ou menor grau, todos somos assim. O problema é não reconhecer isso!

Mas cara, o que isso tem haver com o título desse post? Ah sim, o título. Bom, tudo e nada. Mas dê uma olhada no vídeo do Carlinhos aí no canto superior direito desse blog. Muitos se lembrarão dessa propaganda, veiculada em 1998 (coloque em modo tela cheia para facilitar a leitura das legendas): 


           


sexta-feira, 1 de maio de 2009

O QUE FARÍAMOS EM SEUS LUGARES?

De uns dias pra cá, a imprensa tem batido forte na tecla dos gastos excessivos dos parlamentares.
De fato, muito se gasta para manter as mordomias dos nossos "nobres" representantes. São verbas de gabinetes, assessores aos montes, auxílios para combustíveis, para moradias, para viagens, etc. E todo mundo está metendo a boca. Mas e se fosse você que estivesse lá (ou eu)? Estaria quietinho, recebendo o seu, tentando justificar pra si mesmo, pra apaziguar sua própria consciência (pra quem tem, é claro!), de que você merece receber por que é um parlamentar exemplar, não é corrupto, então, o mínimo que os cidadãos deveriam fazer é entender que o que você recebe é justo?


Afinal de contas, você não mora em Brasília, você tem família e precisa se deslocar e seu salário não é tão alto assim, é só comparar com os salários de executivos, que ganham, R$ 200,000, R$ 300,000 por mês. Esses sim são altos salários, que deveriam ser criticados, mas não o seu! Lembre-se que eu estou colocando um caso hipotético em que você é um parlamentar.

Agora veja esse outro exemplo:
Você é um trabalhador em uma empresa e ganha R$1.500 por mês. Para você, os deputados são um bando de sanguessugas, pois além dos R$24,000 mensais, tem aqueles adicionais todos...Mas você gostaria de estar no lugar dele, não? Você então critica o salário dele ou o fato de você não estar ganhando o salário dele? Eu sei, é claro que se todos os brasileiros ganhassem R$ 24.000 mensais seria excelente! Mas se for só pra você (ou pra mim, tanto faz.?) já estaria de bom tamanho.

Imagine uma pessoa que ganha um salário mínimo (R$465,00) e que essa pessoa trabalha na mesma empresa que você. Perto dela, vc está ganhando um senhor salário e é bem provável que, de alguma forma, essa pessoa ache que ela deveria estar ganhando o que você ganha e mais ainda: aos olhos dela, é você o sanguessuga! Mas você pode pensar: bom, mas eu ganho isso porque eu tenho uma grande responsabilidade sobre mim, eu estudei, ralei pra caramba pra chegar aqui onde cheguei. Eu mereço isso.
Então, por esse aspecto, fica difícil enxergar a diferença entre você (ou eu) e aqueles deputados.


Essa é a essência do ser humano

PENSO, PENSO, PENSO. SERÁ QUE AGORA EXISTO?


Esse blog começa hoje com esse post. Para os amigos leitores de meu outro blog, o Mídia Dominante e todos os que gostam de exercer essa atividade que é tão rara nos dias atuais, bem vindos"

PAPO PARA HOMENS E MULHERES.

 Existem coisas que não dá pra guardar só pra gente. E uma delas é quando a gente lê aquele texto fodido e pensa que aquilo deve ser lido po...