
Os defensores do "não dar" dizem que dar alguma coisa para as pessoas naquelas circunstâncias, pode não necessariamente ajudá-las, pois sabe-se lá o que irão fazer com o que vão receber ali. E se forem comprar drogas? Não estaremos piorando a situação? Além do mais, "não devemos dar o peixe, mas ensiná-lo a pescar", dizem, se referindo ao "grande mestre". Mas o gozado é que nunca vi, os que defendem tal teoria, ensinando ninguém a "pescar"...O tal mestre deve se revirar no túmulo, com essas declarações, pois, segundo dizem as línguas, ele mesmo distribuiu um bocado de peixes a uma multidão de esfomeados. Até porque, até que se aprenda a pescar, se pesque e se prepare devidamente o peixe, o tal indivíduo já morreu de fome. Bom, de qualquer forma, a teoria do peixe e do ensinar a pescar ajuda o indivíduo a aliviar a consciência e não ficar feio na foto, com cara de muquirana.
Mas há ainda os que sentem o "dever" de meter a mão no bolso e dar algumas moedas, porque isso pode garantir uma vaguinha lá no céu, pois não "é dando que se recebe [sic]"?
Eu confesso que já andei por todas essas teorias, pois a vida é cheia de fases, não é mesmo?
E qual é a diferença entre essas posições? Nenhuma! As duas focam a própria pessoa, o ego em primeiro lugar, tanto para aquele que não quer dar ("o dinheiro é meu e faço com ele o que eu quero [sic]"), quando àquele que dá já pensando nos benefícios que ele próprio terá com aquela ação. E ninguém, honestamente, poderá negar isso.
Já que não tem pra onde escapar, eu dou, as vezes, quando tenho. E quando eu dou, o que eu dei não é mais meu (se é que posso considerar que algum dia foi), é de quem eu dei e então, faça com ele o que o sujeito bem entender. Não quero saber. Simplesmente dou! De quebra, massageio meu ego, (quem não gosta de se achar uma pessoa "boa"?), estou com crédito com o sujeito (sabe-se lá se eu não vou precisar um dia [outra massagem no ego), e vou dormir com a consciência tranquila (ou seja, estou sendo beneficiado também com minha saúde mental [meu ego recebe uma massagem mais uma vez]).
E assim é a vida.